A inconstitucionalidade da redução de terras indígenas no processo demarcatório por caracterizar remoção
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Data
2006-10-06
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Editor
Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
Esta dissertação de mestrado está centrada na análise do tema terras indígenas,
buscando entender o papel da propriedade ou apropriação da terra indígena no direito civil e
constitucional brasileiro a partir da promulgação e entrada em vigor da Constituição da
República Federativa do Brasil de 1988. O trabalho, partindo de um breve histórico, procura
compreender o tratamento dado pelas legislações portuguesa e brasileira às terras indígenas,
discutindo o conceito de propriedade na cultura ocidental colonizadora e na cultura indígena
para mostrar a profunda diferença de como esses conceitos são trabalhados por estas culturas
distintas. Discute ainda o reconhecimento constitucional do direito originário dos povos
indígenas às terras que tradicionalmente ocupam, e a interpretação dada pela hermenêutica
jurídica ao dispositivo constitucional constante do artigo 231, § 1º, de como se caracteriza a
tradicionalidade da ocupação para, a partir deste arcabouço, juntamente com a análise e
interpretação do contido no artigo 231, § 5º da Carta Magna brasileira, demonstrar a
inconstitucionalidade da redução de terras indígenas no processo administrativo de
demarcação, pois essa redução caracteriza remoção dos povos indígenas de suas terras, e não
se encontra dentro das situações especificamente determinadas em numerus clausus,
permissivas do ato de remoção.
Palavras-Chave: terras indígenas, inconstitucionalidade, redução, demarcação, remoção.
Descrição
Palavras-chave
Terras indígenas, Inconstitucionalidade, Demarcação, Remoção - Indígenas