A resistência indígena por meio do ingresso em universidades públicas do Amazonas

Abstract

Neste estudo, discutimos a educação superior voltada aos estudantes indígenas que ingressaram em universidades públicas do estado do Amazonas, particularmente no município de Parintins, nas IES, UEA e UFAM. Com o objetivo de perceber se a entrada dos estudantes nessas instituições pode ser considerada um modo de resistência indígena. Para estruturar o trabalho, utilizamos a pesquisa bibliográfica com o intuito de compreender a questão intercultural e pluriétnica que se coloca em face à educação indígena como forma de resistência e empoderamento. Nos apoiamos na abordagem qualitativa, tendo como técnica de coleta de informações a História Oral temática, aplicada a três colaboradores/estudantes indígenas das respectivas universidades, sendo os três pertencentes à etnia Sateré-Mawé. Os resultados mostram um olhar lento para a sensibilidade frente ao tema das diferenças culturais, de modo particular para os indígenas que almejam uma educação intercultural e pluriétnica.