Motivos pelos quais a população de Mulheres Trans e Travestis não procuram atendimento na Unidade Saúde da Família

Abstract

A presente pesquisa tem como intuito descobrir os “Motivos pelos quais a população de mulheres trans e travestis não procuram atendimento na Unidade de Saúde da Família (USF)”, a partir de um contexto histórico-cultural. Durante a realização da pesquisa foi possível, descobrir os principais motivos que impendem que essas pacientes busquem atendimento. Através da coleta de dados que possibilitou a verificação de quais eram as principais queixas durante todo o processo de atendimento. Dessa forma, foi possível, refletir e pensar sobre a elaboração de políticas púbicas voltadas para essa comunidade visando primordialmente a equidade e acolhimento para garantir que suas demandas possam ser de fato, atendidas. Nesse sentido, trata-se de uma pesquisa qualitativa que foi conduzida de forma participativa através de uma investigação de campo e que teve como instrumento, entrevistas a partir de um questionário semiestruturado direcionado aos objetivos da pesquisa. Seguindo o princípio da “bola de neve”, também conhecido como amostragem em cadeia, foram registradas as percepções de 10 mulheres trans e travestis sobre o atendimento de saúde. Os elementos encontrados nessas entrevistas foram abordados, discutidos nos resultados da pesquisa e agrupados nas seguintes categorias: USF, Mulheres Trans e Travestis e Outro sujeitos. Figurando como uma das principais queixas, a não utilização do nome social impede o reconhecimento pleno de uma mulher trans ou travesti e essa prática perpetua um ciclo de exclusão que também atinge o serviço de saúde. Dessa forma faz-se necessário uma formação profissional ética, empática e principalmente, em consonância com os princípios do SUS, para transformar a realidade vivida por essas mulheres. Por fim, essa pesquisa gerou como produto técnico, um curso com o tema “Atendimento à População Trans no SUS”: Práticas Humanizadas e Inclusivas