A Comunidade do Barranco de São Benedito em Manaus: Processos para o reconhecimento do território quilombola.

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Data

2018-09

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

A comunidade do Barranco de São Benedito está localizada na cidade de Manaus, mais especificamente no tradicional bairro Praça 14 de janeiro, zona centro- sul da cidade. O referido território quilombola foi ocupado desde a vinda da Dona Maria Severa Nascimento Fonseca, há 128 anos, como escrava alforriada do município de Alcântara, no Maranhão. A partir de seu estabelecimento, e de sua família, nesse espaço, Dona Severa trouxe consigo costumes e tradições de seus antepassados que hoje permanecem vivos na memória e nas narrativas de seus descendentes, oficialmente reconhecida pela Fundação Cultural Palmares, desde 2014, uma comunidade de remanescentes quilombolas autodenominada urbana. Desta feita, estabeleci como objetivo deste trabalho verificar os desdobramentos políticos e socioculturais no quotidiano da comunidade face à certificação, bem como identificar a história desses agentes sociais e as dificuldades enfrentadas durante o processo. Para a realização desta pesquisa foram entrevistadas 15 pessoas, cujas narrativas ofereceram o subsídio principal para esta pesquisa, apoiado sob a perspectiva do conceito de “reconhecimento” da filósofa norte-americana Nancy Fraser. Ao final da dissertação pude constatar que a trajetória histórica da comunidade a levou a um patamar de superação de estigmas, embora na contemporaneidade as lutas tenham mudado de lugar, passando dos estigmas raciais para o campo das disputas no espaço da cidade no que concerne ao enfrentamento de modernos processos de urbanização e especulação imobiliária.

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Palavras-chave

Comunidade, Reconhecimento, Território Quilombola

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