Prevalênca de fatores de risco associados á prematuridade em cinco cidade do Amazonas- uma análise a partir do SINASC

Abstract

A prematuridade refere-se à ocorrência do nascimento da criança antes de alcançar a maturidade fetal no útero da mãe. Trata-se de uma prioridade da Saúde Pública por se contribuir diretamente para a elevada taxa de mortalidade e morbidade perinatais. O parto prematuro pode ser decorrente de diversas circunstancias desde problemas relacionados ao neonato até decorrentes da mãe. Compreender as condições do nascimento prematuro é fundamental para a elaboração de ações efetivas de cuidado materno-infantil. Inserido neste contexto, este trabalho visou analisar a prevalência de variáveis sociodemográficas e biológicas maternas e do neonato nos anos de 2012 a 2017 em cinco cidades do Amazonas, Brasil. Esta investigação trata-se de um estudo descritivo e transversal de base populacional, utilizou-se o sistema de informação sobre nascidos vivos (SINASC), do Ministério da Saúde, para coleta dos dados. A população alvo constituiu-se de nascidos vivos residentes na cidade de Manaus, Parintins, Tabatinga, Tefé e São Gabriel da Cachoeira, a estatística descritiva compreendeu o cálculo da prevalência e da análise de risco (odds ratio = OR) e segundo categorias das variáveis selecionadas, e as estimativas dos respectivos intervalos de confiança (95% IC) analisados através do Microsoft Office Excel® 2010. O desfecho deste estudo foi a duração da gestação, categorizada em pré-termo (22 a 36 semanas e 6 dias) e termo (37 a 41 semanas e 6 dias). As variáveis consideradas incluíram: sexo do recém-nascido (feminino; masculino); idade da mãe (em anos: 10 a 19; 20 a 34; 35 ou mais); escolaridade da mãe (em anos de estudo: nenhum; de 1 a 7; 8 a 11; 12 ou mais); estado civil (solteira; casada ou união estável; outros); tipo de parto (vaginal; cesáreo); número de consultas de pré-natal (nenhum; de 1 a 6; 7 ou mais); peso ao nascer (baixo peso, inferior a 2.500 gramas; peso adequado, maior ou igual a 2.500 gramas); e anomalias congênitas (presente; ausente). As variáveis que apresentaram risco significativo para a prematuridade foram: idade materna, escolaridade e estado civil, quantidades de consulta pré-natal, gênero do neonato e o seu peso ao nascer, contudo tais dados significantes não estão presentes em todas as cidades alvo deste estudo. Os resultados obtidos apontam que os fatores de risco aumentando para o nascimento prematuro estão relacionados, as condições socioeconômicas, a assistência pré-natal e baixo peso corpóreo dos nascidos vivos.