A polícia real e a polícia ideal: acerca das contradições entre a realidade da polícia na era do populismo punitivo e os anseios constitucionais garantistas
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Data
2014-11-28
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Editor
Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
O trabalho, utilizando-se da pesquisa bibliográfica, da técnica histórica e dos
métodos indutivo e dialético, faz uma abordagem qualitativa com objetivo
exploratório para traçar um panorama da polícia ao longo da história até a definição
da verdadeira função pública dessa instituição na contemporaneidade do Estado
Constitucional de Direito do novo constitucionalismo. Supõe-se que exista um
conflito entre os anseios neoconstitucionais e a realidade coeva da polícia, inserida
na conjuntura de uma sociedade de controle e de risco, da proliferação da cultura do
medo e da emergência de um novo modelo de Estado, o Estado Punitivo.
Hipoteticamente, essa antinomia, no entanto, pode ser minimizada através da
superação de um arcaico conceito de ordem pública, herdado de nossas raízes
culturais, que tem conduzido a uma prática dissonante com as opções políticas da
sociedade brasileira, recalcitrante ante o direito constitucional coetâneo, bem como
pelo conhecimento e adequação da prática policial à dogmática jurídica penal
constitucional, denominada de garantismo, consectário natural do Estado
Democrático que assinala o objeto para o qual deve tender a realização do Estado
de Direito, minimizando as consequências negativas do poder punitivo e
consequentemente do aparelho repressor estatal, limitando esse a fim de que sirva
para a efetivação dos Direitos Humanos.
Descrição
Palavras-chave
Polícia, História, Garantismo, Sociedade de Controle, Estado Punitivo