Propagação vegetativa in vitro de Aniba rosaeodora Ducke (Lauraceae)
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Data
2006-02-28
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Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
O pau-rosa (Aniba rosaeodora Ducke), é uma espécie de grande valor econômico por produzir o óleo essencial linalol utilizado pelas indústrias de perfumaria, motivando intensa exploração das populações naturais e ocasionando seu desaparecimento em áreas de fácil acesso. Em frente disso, o presente estudo, objetivou estabelecer um protocolo para sua propagação in vitro a partir de brotações apicais, segmentos nodais e folhas, visando desenvolver novas técnicas para sua reprodução. Primeiramente, os explantes foram submetidos a distintos processos de assepsia, utilizando solução de benomyl (4g.L-1), solução de hipoclorito de sódio a 15% e 20%, acrescido de tween 20, sob diferentes tempos de exposição. Em seguida, foram inoculados em meio MS, acrescido de 30g.L-1 de sacarose e 8g.L-1 de agar, mantidos no escuro por 48 horas na B.O.D sob 26ºC, e conduzidos à sala de crescimento. As brotações apicais e segmentos nodais aparentemente sadios foram submetidos à indução de broto, raiz e calo, sendo transferidos para meio de cultura contendo reguladores de crescimento: BAP (0,0 e 4,0 mg.L-1), AIA, ANA e 2,4-D (0,0; 3,0 e 6,0 mg.L-1), e suas respectivas combinações. O delineamento utilizado foi o D.I.C, em arranjo fatorial 9 X 2, com 18 tratamentos, cada um com 15 repetições. Para os fragmentos foliares, utilizou-se BAP, TDZ, ANA, AIA e 2,4-D (5,0 mg.L-1).para indução de organogênese.foliar. O delineamento foi o em blocos ao acaso, constando de 6 tratamentos, com 8 blocos cada, sendo cada bloco com 2 repetições. Após 90 dias, as plântulas enraizadas in vitro foram postas em copos descartáveis cobertas por sacos de plástico transparente, e avaliadas em três tipos de substrato para o processo de aclimatação. O primeiro e o segundo eram compostos por: terra-preta, barro e areia nas proporções 2:1:1 e 1:2:1 (v/v), cobertos por vermiculita, respectivamente; e o terceiro era composto somente por vermiculita. Ao final do estudo, verificou-se que, para as brotações apicais e segmentos nodais, o processo de assepsia constando de imersões em solução de benomyl (4g.L-1) durante 24 horas e solução de hipoclorito de sódio a 20% + tween 20 durante 20 minutos, foi o mais eficiente, promovendo uma média de 81,7% de sobrevivência dos explantes; Para indução de brotos, o tratamento contendo 4,0 mg.L-1 de BAP + 6,0 mg.L-1 de AIA, proporcionou a melhor média, 1,50 brotos/explante, seguido do tratamento com 4,0 mg.L-1 de BAP + 6,0
15
mg.L-1 de ANA, cuja média foi de 1,45 brotos/explante; Para o parâmetro enraizamento, o meio contento 3,0 mg.L-1 de ANA, foi o mais eficiente, com uma média de 1,68 raízes/explante, seguido do tratamento contendo 6,0 mg.L-1 de ANA, cuja média foi 1,39. Já em relação à formação de calos, todos tratamentos proporcionaram calogênese, porém, o meio contendo 4,0 mg.L-1 de BAP + 6,0 mg.L-1 de 2,4-D, foi o melhor, apresentando uma média de 1,45 calos/explante, seguido do tratamento, com 4,0 mg.L-1 de BAP + 3,0 mg.L-1 de 2,4-D, cuja média foi 1,39. Para os fragmentos foliares, a assepsia constando de imersão em solução de benomyl (4g.L-1) durante 20 horas, seguida de imersão em solução de hipoclorito de sódio a 20% + 3 gotas de tween 20 durante 15 minutos, foi a melhor, promovendo uma média de 80% de sobrevivência dos explantes. Para organogênese foliar, o tratamento F3 contendo 5,0 mg.L-1 de ANA e o tratamento F5 contendo 5,0 mg.L-1 de 2,4D, obtiveram os melhores índices de formação de calo nas folhas, ambos com média de 1,4 calos/explante. Para o processo de aclimatação, nenhum dos substratos, mostrou eficiência para a adaptação as novas condições ambientais das plântulas enraizadas in vitro. O índice de sobrevivência foi zero para todos os tratamentos em menos de 30 dias após o transplantio, onde as plântulas apresentaram necrose completa com perda de folhas, e aparecimento de fungos em algumas repetições.
Descrição
Palavras-chave
Aniba rosaeodora Ducke, Propagação in vitro, Reguladores de crescimento