Aproveitamento do resíduo sólido da hidrodestilação de aniba parviflora (meissn) mez e aniba rosaeodora ducke (lauraceae): obtenção de enzimas fúngicas
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Data
2013-01-25
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Editor
Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
A indústria de óleos essenciais gera resíduos que podem ser reaproveitados como substratos
em processos biotecnológicos. Neste trabalho o resíduo sólido gerado após a extração do óleo
essencial de Aniba parviflora e A. rosaeodora foi utilizado na fermentação sólida de duas
espécies fúngicas, Aspergillus brasiliensis e Trichoderma harzianum, para obtenção de
celulase, xilanase e pectinase, enzimas com ampla aplicação industrial. Após o cultivo
fúngico, o extrato aquoso obtido foi utilizado para avaliar a atividade celulolítica, xilanolítica
e pectinolítica por meio da reação com carboximetilcelulose, xilano e ácido poligalacturônico,
respectivamente. Primeiramente, foi realizado um planejamento experimental fracionado 2
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,
para selecionar as variáveis (umidade do substrato, tempo, temperatura e adição dos nutrientes
nitrogênio e fósforo) que influenciam de forma significativa a atividade enzimática, para
então definir as melhores condições de cultivo dos fungos em meio sólido que promovam as
maiores atividades enzimáticas, utilizando os dois fungos inoculados nas formas de disco
micelial e suspensão de esporos, nos dois resíduos. Após, foi realizado um planejamento
fatorial completo 23
, onde as melhores variáveis foram selecionadas, utilizando o fungo A.
brasiliensis inoculado nas formas de disco micelial e suspensão de esporos no resíduo de
macacaporanga. Os valores das variáveis tempo de cultivo (9 dias) e temperatura (24oC)
foram fixados. O melhor resultado foi apresentado para a atividade enzimática pectinolítica
(53,18 U/gbs), utilizando como inóculo disco micelial, umidade 95%, e suplementação do
resíduo com 1,5% de nitrogênio e 1,0% de fósforo. Em seguida, foi realizado o planejamento
fatorial completo 22
, a fim de se obter os melhores resultados para a enzima pectinase,
utilizando o fungo A. brasiliensis inoculado na forma de disco micelial no resíduo de
macacaporanga, com 9 dias de cultivo a 24
oC. O melhor resultado (211,57 U/gbs) foi obtido
utilizando-se 99% de umidade e suplementação do resíduo de macacaporanga com 0,5% de
nitrogênio e 1,0% de fósforo. Por meio do planejamento experimental foi possível aumentar
em 8,4 vezes a atividade pectinolítica do fungo A. brasiliensis. A partir dos resultados
obtidos, comprova-se que o resíduo sólido da hidrodestilação pode ser empregado para a
produção de enzimas fúngicas, tendo em vista um melhor aproveitamento dos recursos
naturais da Amazônia. Contudo, sugere-se que estudos de otimização com outras variáveis
sejam realizados, a fim de se obter maiores atividades enzimáticas.
Descrição
Palavras-chave
Resíduo sólido, Fermentação sólida, Celulase, Xilanase, Pectinase