Alterações citogenéticas em crianças portadoras de leucemia linfoide aguda B no Amazonas
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Data
2015-10-15
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Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
A leucemia linfoide aguda (LLA) é uma neoplasia caracterizada pelo
acúmulo de linfoblastos na medula óssea, suprimindo o desenvolvimento de
linhagens celulares normais. A LLA é a forma de câncer mais comum na pediatria
e 85% dos casos compreendem linfócitos da linhagem B (LLA-B). Alterações
genéticas estão relacionadas à patogênese da doença e sua identificação é útil
para um diagnóstico mais refinado e permite otimização do tratamento por
estratificar os pacientes em grupos de risco. Este estudo teve como objetivo
estimar a frequência das alterações genéticas de importância prognóstica em
pacientes pediátricos com LLA-B de novo atendidos na FHHEMOAM. Com este
propósito, foram realizadas avaliações citogenéticas de células obtidas da
medula óssea e/ou sangue periférico, empregando-se as técnicas de
bandeamento G e hibridização in situ por fluorescência (FISH). Foram incluídos
35 pacientes pediátricos diagnosticados com LLA-B de novo recrutados no
período de 1 ano. Dentre as amostras analisadas, 40% eram do gênero feminino
e 60% do masculino, 20% da raça branca e 80% pardos. As idades variaram de
1 a 17 anos, com a mediana de 3. A maioria dos pacientes (57,1%) foi
proveniente da capital, e os 42,9% restantes, do interior do estado. Observou-se
que predominam mães de pacientes que têm ensino fundamental completo
(42,9%) e recebem entre 1 e 3 salários mínimos. Em relação à análise
citogenética, foram identificados 6 casos de hiperdiploidia, 3 casos de deleção
do cromossomo 11 (11q23) e 2 casos de translocação t(9;22). Não foi constatada
diferença estatística da citogenética em relação ao gênero, mediana da idade,
raça e procedência. A avaliação pela técnica de FISH, evidenciou alteração em
apenas uma amostra de um paciente com a t(9;22), resultando em uma fusão
BCR/ABL. De forma geral, a frequência das alterações citogenéticas foram
semelhantes às já descritas em literatura e a análise do cariótipo se mantém
como o método para melhor avaliação de alterações numéricas e para avaliar o
cariótipo de maneira geral. A técnica de FISH deve fazer parte da
complementação diagnóstica como metodologia molecular para identificação de
rearranjos crípticos que escapam à análise citogenética convencional.
Descrição
Palavras-chave
Leucemia linfoide aguda, Alterações citogenéticas, FISH