Efeito das mudanças climáticas sobre o metabolismo energético, antioxidante e neurológico do tambaqui (cuvier, 1818)

Imagem de Miniatura

Data

2019-11-13

Título da Revista

ISSN da Revista

Título de Volume

Editor

Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

As mudanças climáticas se tornaram um dos assuntos mais discutidos mundialmente. De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) (IPCC, 2014), está previsto um aumento de até 6 °C na atmosfera para o ano de 2100. Tais mudanças afetam diretamente o ambiente aquático amazônico e seus organismos, e se pode destacar dentre elas as alterações no pH, temperatura e oxigênio, além de acarretarem em danos aos organismos impondo ajustes comportamentais, bioquímicos e morfológicos. Entre esses organismos, está o tambaqui (Colossoma macropomum), uma espécie de alto valor comercial para a região e que possui diversas adaptações para enfrentar períodos de variações na temperatura e sazonalidade de oxigênio. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar como o efeito dos cenários climáticos e exposição à hipóxia interferem no metabolismo energético, antioxidante e neurológico de indivíduos da espécie. Para isso, os animais foram aclimatados por 30 dias nos cenários RCP2.6 e RCP8.5 (4,5 °C e 900 ppm de CO2) (N=42) e submetidos subsequentemente à hipóxia por 6 horas (n=7); após isso, foram realizadas coletas de sangue para análises hematológicas, e tecidos como fígado, cérebro, músculo e coração para análises enzimáticas e danos. As variáveis do consumo de oxigênio nos mostram que a espécie tenta manter o desempenho de consumo quando mantidos no cenário extremo em normóxia e hipóxia. Para os parâmetros sanguíneos, a concentração de hemoglobina ([Hb]), hemoglobina corpuscular média (HCM) e concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) foram elevadas (p<0,001), indicando que os animais aumentam a hemoglobina circulante para tentar suprir melhor a demanda de oxigênio tecidual. Foi observada a elevação das concentrações de glicose quando em hipóxia para os dois cenários (p<0,001), que é utilizada pelas vias alternativas. As análises enzimáticas catalase (CAT) e glutationa-S-transferase (GST) nos mostram que a espécie não apresenta respostas significativas para o cenário extremo nem para os danos em lipoperoxidação. Este é expresso para a cinética da LDH para o cenário extremo, e a AChE manteve-se quase inalterada para os dois cenários, havendo diferença somente no atual hipóxia (p< 0,014). Assim, os cenários extremos e condições de hipóxia podem condicionar estresse metabólico no animal interferindo nos ajustes necessários. Palavras-chaves: Adaptação térmica; tambaqui; hipóxia; estresse oxidativo

Descrição

Palavras-chave

Adaptação térmica, Tambaqui, Hipóxia, Estresse oxidativo, Thermal adaptation, Hypoxia, Oxidative stress

Citação

SILVA, Beatriz Enóla Ribeiro da. Efeito das mudanças climáticas sobre o metabolismo energético, antioxidante e neurológico do tambaqui (cuvier, 1818). 2019. 56 f. TCC (Graduação em Ciências Biológicas) - Universidade do Estado do Amazonas, Manaus.

Avaliação

Revisão

Suplementado Por

Referenciado Por