O potencial pedagógico dos espaços não formais da cidade de Manaus

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Data

2013-11-21

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

Os espaços não formais ganham cada vez mais destaque, pois as características presentes nesses locais despertam curiosidades, emoções e favorece a troca de conhecimento sociocultural. O objetivo desta pesquisa foi analisar o potencial pedagógico para o Ensino de Ciências de dez espaços não formais institucionalizados na cidade de Manaus-AM. Os espaços investigados foram: Parque Estadual Sumaúma, Parque Municipal do Mindu, Parque Cidade da Criança, Museu Amazônico, Museu do Seringal Vila Paraíso, Jardim Botânico de Manaus Adolpho Ducke/Museu da Amazônia, Parque Municipal Lagoa do Japiim, Parque Municipal dos Bilhares, Zoológico do CIGS, Bosque da Ciência. Para atingir o nosso objetivo utilizamos o método chamado multicaso, que tem uma abordagem qualitativa de natureza descritiva. Os instrumentos de coleta utilizados foram a observação, questionários e entrevistas com o Gestor e um Responsável pela Área Pedagógica. A técnica de análise escolhida para esta pesquisa foi a Análise do Conteúdo. Em relação ao Parque Cidade da Criança analisamos o Regimento Interno e a entrevista da Responsável pela Área Pedagógica, percebemos que não há entre eles uma concordância. Em se tratando do Jardim Botânico de Manaus Adolpho Ducke e o Museu da Amazônia verificamos a anuência entre o Estatuto e a fala da Gestora. Já o Museu do Seringal possibilita uma viagem no imaginário para entendermos de perto como funcionava o processo de extração do látex (leite) da seringueira e como era a vida dos seringueiros e barões da borracha. No Parque Municipal do Mindu mesmo sendo comum a presença das escolas, percebemos que não apresenta atividades pedagógicas específicas para que os professores possam desenvolver uma atividade mais direcionada ao ensino. Para o Museu Amazônico constatamos a sintonia entre teoria e prática, ou seja, aquilo que é encontrado nos documentos regimentais do museu e sua prática cotidiana. Para o Parque Estadual Sumaúma, o que verificamos foi o não cumprimento dos seus artigos, sendo que a administração dá mais ênfase às atividades de recreação e interpretação ambiental e não ao desenvolvimento de atividades pedagógicas. Confrontando os documentos formais, a fala do gestor e nossas observações, detectamos que o Parque Municipal Lagoa do Japiim, trabalha com outras perspectivas, além daquela para a qual foi criado. Ao analisarmos diversos documentos do Parque dos Bilhares percebemos que este foi criado com o objetivo de fornecer lazer e entretenimento ao público que o visita. Da análise dos documentos e os projetos que o Zoológico do CIGS desenvolve, percebemos que não há nenhum projeto que estivesse diretamente ou indiretamente voltado para o ensino. Durante nossas observações e analisando os documentos oficiais do Bosque da Ciência, percebemos que estes estão em consonância com os objetivos propostos para os quais ele foi criado, isto é, além de divulgar o conhecimento científico permite aos visitantes momentos de lazer e entretenimento. Dos dez Espaços estudados, três apresentam potencial pedagógico para o Ensino de Ciências: Museu Amazônico, Jardim Botânico Adolpho Ducke/Museu Amazônico e Bosque da Ciência; cinco tem razoáveis perspectivas para o ensino: Parque Municipal do Mindu, Parque Cidade da Criança, Parque Lagoa do Japiim, Parque dos Bilhares e Zoológico do CIGS; e dois espaços carecem de projetos ou atividades voltadas para o ensino de ciências: Parque Estadual Sumaúma e Museu do Seringal Vila Paraíso.

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Espaços não formais, Potencial pedagógico, Ensino de ciências

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