Waruá e o Morro da Boa Esperança no diálogo entre os Saberes das Ciências e o Conhecimento Tradicional Indígena Dâw

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Data

2017-11-28

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

A presente dissertação consiste na apresentação dos resultados obtidos por meio das interações e descrições da realidade das crianças do povo Dâw. A pesquisa tem como Objetivo Geral Analisar a Cosmovisão da Criança Indígena Dâw, levando em consideração o Diálogo estabelecido entre o Morro da Boa Esperança e o Ensino das Ciências. Os campos empíricos tratam-se da Escola Indígena Municipal Waruá localizada na área rural e do Morro da Boa Esperança localizado no centro da cidade de São Gabriel da Cachoeira – AM. Os sujeitos são crianças indígenas bilíngues da etnia Dâw, de uma sala miltisseriada de 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Diante da realidade encontrada, optei pelas pesquisas em Antropologia, delineando a Etnografia como método de investigação. Os procedimentos para as técnicas de dados foram a Pesquisa de Campo, Diário de Campo, Objetivação Participante, os Croquis Territoriais e a História Oral, com abordagens qualitativa e descritiva, porque essas vertentes metodológicas valorizaram o povo Dâw em sua singularidade, uma vez que minha presença em campo me colocou dentro do universo das crianças Dâw, mesmo sem falar sua língua, ampliando assim a minha compreensão, entendimento e respeito pela cultura indígena. Acredito que as interlocuções da cosmovisão das crianças Dâw e dos adultos indígenas enriqueceram a interpretação dos procedimentos necessários para a escrita do texto. Por isso, a escrita da pesquisa também faz parte da metodologia e é toda em primeira pessoa do singular, tornando-se um ponto central de todo o trabalho. Reforço aqui que a pesquisa não foi realizada somente por mim, reconheço a importância da presença do meu orientador em todo o processo de construção e finalização. Estou ciente de que ela não é realizada sozinha, mas em parcerias. O referido estudo faz parte de uma pesquisa no Curso de Mestrado em Educação e Ensino de Ciências na Amazônia – UEA. Os resultados obtidos contribuíram para ampliar a visão da relação dos saberes científicos com o saber tradicional indígena Dâw, construídos de forma simples, no do dia a dia dessas crianças e pelas interpretações da pesquisadora. Possibilitou a aproximação dos conhecimentos das ciências, do mundo cosmológico vivenciado pelas crianças Dâw e favoreceu o reconhecimento do espaço socioambiental (Morro da Boa Esperança) a ser trabalhado. Diante do exposto, concluí que a cosmovisão da criança Dâw ocorre a partir do imaginário, e a relação dos conhecimentos científicos e dos saberes tradicionais indígenas Dâw surgem a partir do lugar em que essas crianças vivem (Waruá), ou seja, através do fazer/aprender e de sua visão holística diária do Morro da Boa Esperança, é dessa maneira que elas fazem a leitura de mundo. Em suma, posso dizer que a pesquisa não dá conta suficientemente de todas as dimensões da interligação desses saberes, apenas destaca alguns cruzamentos de saberes a partir da cosmovisão dos pequenos Dâw.

Descrição

Palavras-chave

Criança Indígena, Indigenous Child, Educação Escolar Indígena, Indigenous child School, Espaço Não Formal, Non Formal Space, Ensino das Ciências, Science Teaching, Saberes Científicos, Scientific knowledge

Citação

AGUIAR, Patrícia Lisboa de. Waruá e o Morro da Boa Esperança no diálogo entre os Saberes das Ciências e o Conhecimento Tradicional Indígena Dâw. 2017. 157 f. Dissertação (Mestrado Acadêmico em Educação em Ciências na Amazônia) - Universidade do Estado do Amazonas, Manaus, 2017.

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