Entre tambores e devoção: expressão de um catolicismo negro na Amazônia Amapaense

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Data

2018-07-05

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

Este trabalho se propôs a investigar expressões de religiosidades afro-brasileiras na Amazônia Amapaense. Para tanto, analisou-se uma manifestação cultural e religiosa ligada a população afrodescendente do Estado do Amapá, a saber, o Ciclo do Marabaixo. Assim, aliou-se pesquisa bibliográfica e de campo através do método etnográfico. Constatou-se, dessa forma, que o Marabaixo em Macapá, por reunir momentos lúdicos e religiosos como parte de um só ritual, não depender do aval da igreja para acontecer e imprimir, na devoção, elementos afro-brasileiros como o tambor, a dança, entre outros configura-se, como expressão do catolicismo negro na Amazônia. A relevância desse estudo está em reconhecer que traços da religiosidade afro-brasileira não se restringem às religiões de terreiro, como também, em valorizar o legado da população afrodescendente na religiosidade da população do estado do Amapá e de ampliar o conhecimento disponível sobre expressões de religiosidade afro-católica na Amazônia. Palavras-chave: Religiosidade; Marabaixo; Catolicismo Negro.

Descrição

Palavras-chave

Religiosidade, Marabaixo, Catolicismo Negro

Citação

ANTERO, Alysson Brabo. Ciclo do Marabaixo: uma das expressões da religiosidade afrodescendente no Amapá. In. 1º Simpósio Sudeste da ABHR / 1º Simpósio Internacional da ABHR. Anais. São Paulo, 2013. v. 1. p. 581-592. 15 2018 - jul - dez ANO 3 | N. 4 | p. 1 – 17 |ISSN1981-0326 ______. Religiosidades do Amapá: entre o Catolicismo e as Religiões Afro-brasileiras. Revista Terceira Margem Amazônia, Manaus; v. 2, p. 87-98, 2017. AMAPÁ. Portal do Governo do Estado do Amapá. Disponível em <http://www.ap.gov.br/amapa/site/paginas/historia/indios.jsp>. Acessado em 14 nov. 2013. BOYER, Véronique. Passado Português, presente negro e indivisibilidade ameríndia. O caso de Mazagão Velho, Amapá. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro; v. 28, n. 2, p. 11-29, 2008. CANTO, Fernando. A Água Benta e o Diabo. Macapá-AP: Fundação Cultural do Amapá – FUNDECAP, 1998. CORDOVIL, Daniela. Religiões de matriz Africana do Pará. Entre a política e o ritual. Paralellus, Campinas, n. 5, p. 59-73, 2012. CROATO, José Severino. A descrição do símbolo. In._____. As linguagens da experiência religiosa: uma introdução à fenomenologia da religião. Tradução de Carlos Maria Vásques Guttiérre. 3º ed. São Paulo: Paulinas, 2010, p. 81-124. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2010. Censo Demográfico, 2010. Disponível em <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ap/pesquisa/23/22107>. Acessado em: 02 mar. 2015. _____. População estimativa 2017. Disponível em: <https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ ap/panorama> Acessado em 29 set. 2017. JACKSON, Alci. A Cultura Negra no Amapá: história, tradição e políticas públicas. Macapá- AP: Editora Lê Arte, 2014. LIMA, Wanda da Silva Ferreira, Ciclo do Marabaixo: permanência e inovações de uma festa cultural. 2011. Dissertação (Mestrado em História) – Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2011. LUNA, Verônica Xavier. Entre o Porteau e o Volante: africanos redesenhando a Vila de São José de Macapá – 1840-1856. Dissertação (Mestrado em História do Brasil). Universidade Federal do Piauí, Teresinha-PI, 2009. AZEVEDO, Thomé (roteiro e direção). Marabaixo: ciclo de amor, fé e esperança (documentário). Prefeitura Municipal de Macapá, Amapá. 2008. CD-ROM. MONTORIL, Nilson. Maracima, Marabaixo: de ladrão em ladrão a saga de uma nação. Macapá- AP: Confraria Tucujú, 2004. 16 2018 - jul - dez ANO 3 | N. 4 | p. 1 – 17 |ISSN1981-0326 OLIVEIRA, Anderson Machado de. Devoção Negra: santos preto e catequese no Brasil Colonial. Rio de Janeiro: FAPERJ, 2008. _____. Santos Preto e Santos de Preto: os Carmelitas e os Pretos Minas no Rio de Janeiro setecentista. In. HUFF JÚNIOR, Arnaldo Érico e RODRIGUES, Elisa (org.) Experiências e interpretações do sagrado: interfaces entre saberes acadêmicos e religiosos. São Paulo: Paulinas, 2012. PEREIRA, Nunes. Shairé e Marabaixo: Tradições da Amazônia. Recife: Massagana, 1989. PEREIRA. Decleoma Lobato. O Candomblé no Amapá: história, memória, imigração e hibridismo cultural. 2008. Dissertação (Mestrado em História Social) – Universidade Federal do Pará, Belém-PA, 2008. REINALDO, Lucilene. Irmandades e devoções de africanos e crioulos na Bahia setecentista. Histórias e experiências atlânticas. In. Stockholm Review of Latin American Studes, Estocolmo, 2009. SALLES, Vicente. O negro no Pará: sob regime da escravidão. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, Serv. de Publicação [e] Univ. Federal do Pará, 1971. SANTOS, Fernando Rodrigues dos. História do Amapá. 2 ed. Macapá-AP: Valcan, 1994. SOARES, Marcelo André e RODRIGUES, Maria Emília Brito. Amapá: vivendo a nossa história. História Regional, 5º ano. Curitiba-PR. Base Editorial, 2011. SOUZA, Marina de Mello e. Batalhas rituais centro-africanas e o catolicismo negro no Brasil. In. HUFF JÚNIOR, Arnaldo Érico e RODRIGUES, Elisa (org.). Experiências e interpretações do sagrado: interfaces entre saberes acadêmicos e religiosos. São Paulo. Paulinas, 2012. _____. Catolicismo Negro no Brasil: santos e minkisi, uma reflexão sobre miscigenação cultural. Afro-Ásia. 28 (2002), p. 125-146. _____. Reis do Congo no Brasil, século XVIII e XIX. Revista de História, São Paulo, n. 152 p. 79-98, 2005. TURNER, Victor. Os símbolos no ritual Ndembu. In._____. Florestas de símbolo: aspectos do ritual Ndembu. Tradução Paulo Gabriel H. da Rocha Pinto. Niterói-RJ: Editora da Universidade Federal Fluminense, 2005. p. 49-68. VIDEIRA, Piedade Lino. Marabaixo: dança Afrodescendente, significando a identidade étnica do negro amapaense. Fortaleza: Edições UFC, 2009.

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