Discriminados por lutar, chamados de urubus por resistir: a ocupação Nova Conquista na cidade de Barreirinha-AM

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Data

2021-12-06

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

O espaço urbano enquanto produto possui em seu processo de formação e reprodução inúmeras contradições inerentes a sua constituição. Dos muitos processos, destacaremos neste trabalho o da luta pela moradia por aqueles que não podem pagar pela habitação no município de Barreirinha – AM. O estudo aqui apresentado, portanto, foi realizado no bairro Nova Conquista, originado através do processo de ocupação urbana no ano de 2009, tendo como título: Discriminados por lutar, chamados de urubus por resistir. A pesquisa realizada teve o intuito analisar o processo irregular de terras a partir do Nova Conquista e então se averiguou os fatores que motivaram sua criação, por meio da identificação das condições de moradia e da socioeconomia dos habitantes. Para consolidação do trabalho foram aproveitados teóricos que convieram com o embasamento desta pesquisa científica, sobressaindo como fundamentais: Maria Encarnação Sposito; Ana Fani Carlos; Roberto Lobato Corrêa e Maria Glória Gohn. Utilizou-se o método materialismo histórico dialético que busca através da história da vida dos homens em sociedade, formas de interpretação de múltiplas realidades. Os dados foram coletados em uma pesquisa de campo dividida em duas etapas. Na primeira, entrevista com 03 moradores que estão desde a gênese do bairro e na segunda a aplicação de 100 formulários, 04 em cada quarteirão, todas com perguntas fechadas, e pautadas metodologicamente quali e quantitativamente para a realização da tabulação dos resultados obtidos. Dentre os principais resultados, pode-se notar que a migração é um fator de destaque na ocupação estudada, pois mais da metade dos entrevistados (60%) fizeram esse deslocamento, estando os indígenas da etnia Sateré Mawé entre os migrantes. No bojo do processo de reprodução da ocupação a pesquisa constatou que a grande maioria dos moradores atuais não compraram terreno, porém mesmo em menor número, identificou-se a venda de terrenos. Evidencia-se também, que apesar da grande maioria não ter uma moradia digna, os residentes na ocupação estão satisfeitas por terem uma casa própria, fato este que os fizeram superar o preconceito por eles vivenciados.

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Palavras-chave

Espaço Urbano, Moradia Popular, Ocupação Urbana

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