Sonatas setecentistas portuguesas para violino: III Sonatas a dois violinos e baixo, de Avondano, e XIII Sonatas a violino e baixo, de Nogueira
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2020-11-20
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Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
A construção da existência: (re)conhecendo a história que nos
dá sentido
Em 15 anos de atividades, o Laboratório de Musicologia e
História Cultural da Universidade do Estado do Amazonas
desenvolveu vários projetos com apoios de patrocinadores
diversos. As linhas de atuação buscaram promover o encontro da
musicologia histórica, com as práticas interpretativas, abordagens
analíticas e uma visão histórico-cultural das representações da música.
Na última década se intensificaram os trabalhos sobre fontes
luso-brasileiras do Antigo Regime, ou a elas relativa. Houve então
a transcrição de material de muitos autores e acervos, tendo por
resultados imediatos a performance em concertos e montagens cênicas
e dissertações de mestrado.
No caso da performance musical destacou-se o programa
Ópera no Brasil Colonial, com árias extraídas de diversas obras em
circulação pelo espaço lusófono dos séculos XVIII e XIX, proposta que,
patrocinada pelo Programa Petrobrás Cultural, atingiu entre 2013 e
2016 dezenas de cidades de Brasil e Portugal. Também é mencionável
o repertório desenvolvido para apresentação sob os auspícios do SESC,
em seu programa Amazônia das Artes, que remonta a 2010. Somado
a diversas apresentações acontecidas em Manaus, intercaladas com
5 turnês internacionais que percorreram Portugal, Espanha, França
e Itália, todo o repertório em causa foi defendido pela Orquestra
Barroca do Amazonas e sua formação mais camerística, Amazonas
Baroque Ensemble, o que inclui também 5 CDs. Mas não só: no caso
da restauração musical de Guerras do Alecrim e Mangerona (1737),
de Antonio José da Silva (1705-39) e Antonio Teixeira (1707-74), a
partitura decorrente do trabalho musicológico foi tanto usada para a
montagem de 2010 pela OBA e elenco de solistas durante o Festival
Amazonas de Ópera – então a estreia contemporânea no Brasil desta
obra – como foi, depois de editada pela Universidade Nova de
Lisboa, disponibilizada para os espetáculos feitos pelo agrupamento
português Os Músicos do Tejo, em 2019.
No rol das defesas de mestrado que se valeram destes materiais
contam-se algumas que operaram a viabilidade das apresentações,
porque se debruçaram nas questões de reconstrução, e há aquelas
que forneceram, e ainda fornecem, subsídios teóricos para todas as
atividades práticas, sendo notável que todos estes agora Mestres, alguns
já Doutores, estiveram nos palcos para completar a experiência neste
universo que ajudaram a desvendar. São destacáveis os trabalhos sobre
tratadística de Vanessa Monteiro, que ofereceu versão crítica e anotada
das Regras de acompanhar, para cravo ou órgão (1758), de Alberto José
Gomes da Silva, e, neste mesmo sentido, a contribuição de Gabriela
Dácio referente ao Método ou explicação para aprender a dançar as
contradanças (1761), de Julio Severin Pantezze, aos quais se soma de
modo recentíssimo o trabalho de Gustavo Medina sobre a volumosa
obra pedagógica de Pedro Lopes Nogueira (1686-d.1770), intitulada
Casta de Lisões (c.1720-40). Dedicados à transcrição, restauração e
crítica de obras musicais estão: o trabalho de Gabriel de Sousa Lima
sobre as árias remanescentes de Antonio Teixeira, num manuscrito de
fins do século XVIII contendo música para Precipícios de Faetonte (1738);
o estudo com transcrição completa da ópera Variedades de Proteu
(1737) do mesmo Teixeira, realizado por Tiago Soares; a transcrição que
Fábio Melo fez da ópera Demetrio (1765-6), de David Perez, em versão
bilíngue, se valendo do cotejo dos manuscritos em italiano e português,
que repousam respectivamente na Biblioteca da Ajuda e na Biblioteca
do Paço Ducal de Vila Viçosa, em Portugal; a transcrição e estudo crítico
realizados por Silvia Lima da serenata Gli Eroi Spartani (1788), de
Antonio Leal Moreira (1758-1819), com base em versões em italiano e
português, constantes nos citados acervos da Ajuda e de Vila Viçosa; a
organização e transcrição de Belizário (1777-78?), de múltipla autoria
em processo de contrafacta e pastiche, sobre o que se deteve Benjamin
Prestes; havendo por fim o trabalho de Huan Miranda que discute uma
reconstrução de partes faltantes para um concerto de violoncelo de
Pedro Antonio Avondano (1714-1782). No que diz respeito aos estudos
de interpretação musical através de abordagens interdisciplinares
existem: os trabalhos de Manoella Costa sobre os trios de Avondano,
em Dresden; os trabalhos de Fabiano Cardoso e Flávia Procópio, que
se concentraram no repertório vocal das modinhas, entre os séculos
XVIII e XIX; o trabalho de Silvanei Correia sobre o contrabaixo de cinco
cordas usado em fins do século XVIII; e o trabalho de Luciana Pereira,
sobre as canções de Waldemar Henrique. Os textos de análise também
não foram esquecidos, sendo o contributo de Guilherme Aleixo o mais
importante, ao realizar análise tópico-esquemática dos 6 Responsórios
Fúnebres (1831-2) de João de Deus do Castro Lobo (1794-1832). Um
número ainda maior de transcrições e estudos foram realizados no
âmbito da iniciação científica e na monografia de graduação.
Devem ainda ser mencionados em termos gerais que, tanto os
acima citados, quanto os membros permanentes deste laboratório,
nomeadamente os organizadores desta coleção, produziram ainda
livros, capítulos e artigos em periódicos indexados e qualificados,
além de contribuir com verbetes para dicionários e na assessoria
e pareceria a veículos e eventos científicos de mérito nacional e
internacional, evidenciando o reconhecimento pelo trabalho que vem
sendo desenvolvido nesta unidade de investigação.
A série Clinâmen. A doutrina atomista de Demócrito e Epicuro conceituou o
determinismo do movimento dos átomos. As diferentes formas,
arranjos e posições dos átomos, entendidos aqui segundo a teoria
filosófica, como a variedade infinita de matérias mínimas, dariam
substância a tudo que se vê. Lucrécio como seguidor do epicurismo
acreditava que na doutrina se encontrava a chave para entender o
todo universal e com isso se alcançar a felicidade.
Demócrito defendia que os átomos caíam no vazio, sempre em
direção paralela. A ideia do vazio facilitava a do movimento do átomo.
O peso diferente dos átomos faria com que os choques acontecessem
em velocidades e momentos diferentes, gerando os mundos. A crítica
de Aristóteles, de que não havia um vazio, porque se houvesse ele
não apresentaria resistência ao movimento e peso dos átomos
causando uma queda e um choque simultâneos, fez com que Epicuro
argumentasse por um desvio lateral no movimento das partículas. Esse
movimento sem causa já é em si a noção do Clinâmen.
Mas Lucrecio entendeu esse desvio como intencional porque
assim, mesmo diante do quiddam inexplicável, o que ficava explicado
era o livre-arbítrio de todas as coisas vivas e com isso enfatizava o cunho
humanista de sua doutrina de eleição. Em tempos bem mais recentes,
diversos teóricos e literatos fizeram uso do conceito do Clinâmen,
como Jacques Lacan, Jacques Derrida, Gilles Deleuze e Harold Bloom,
evidenciando entretanto diferenças entre seus entendimentos, mas
sempre numa condição divergente.
Num sentido mais próximo de Lucrécio, a ideia que se adota
aqui é inspirada por Boaventura Sousa Santos. O sociólogo português
observa que, diante do poder canônico que provoca uma ação
rotinizada, conformista, repetitiva e reprodutiva, ao reduzir o realismo
para aquilo que somente existe perante o reconhecimento de tal poder,
se empregue uma ação-com-clinâmen. O Clinâmen então assumese como em Lucrécio, como o poder de inclinação, do movimento espontâneo, da vontade em desviar. Significa que não é necessário negar o passado, recusando-o.
Antes, é importante reconhecer a ligação, assumi-la, para construir
uma narrativa particular que permita uma redenção. Trata-se de
operar no limite entre o passado que existiu e aquele que não teve
reconhecimento, licença ou autorização para existir. Significa enfim
dar voz a outras epistemologias, que caminharam ao lado daquela que
se impôs como cânone, mas que não foi única.
Estas experiências são precisamente as que nos dão sentido,
porque sem elas estamos emudecidos e continuaremos a construir
não-existência. A esta indolência da razão não se responde com o ato
revolucionário da ruptura. Ela também não nos favorece, porque
continuamos a viver no mundo tal como ele é. Mas podemos e devemos
recuperar nossos modos de ser e fazer, desta vez impondo um diálogo
ao cânone que lhe é incômodo. Ao cânone só interessa o que lhe
justifica ou o que lhe fortalece. As vozes paralelas, o desvio dos seus
propósitos, as apropriações que dele se faz, ou as que dele revertemos,
as diferentes formas de saber, de razão, de produção, de comunicação,
de concepção, e de Arte, lhe transtornam o discurso, que um dia se
quis unitário, globalizante e não heterotópico.
Antes, o contexto unificador deve ser mais universal que global,
mais plural que unitário, menos imediatista para que o presente inclua o
passado em nossas vidas assim como se comece a viver já o futuro que se
deseja pelo ato de o construir. As diversas experiências que nos afetam é
que fazem de nós o que somos, e é assim que se manifesta a nossa Arte.
Foi neste ânimo que se decidiu pelas escolhas que preenchem
os 4 volumes que iniciam esta série. Uma vez que esta também tinha
sido a diretriz das pesquisas dos últimos 15 anos, nada mais justo que
lhes dar continuidade, publicando e expondo de modo eficaz, porque
digital e gratuito, no palco dos acontecimentos culturais a quem quiser
disso se valer.
Estes 4 volumes contemplam fontes para a compreensão de
tradições que unem parte do mundo mediterrâneo e vão se encontrar
em Portugal no século XVIII, afetando consequentemente o Brasil,
porque afinal este é parte daquele no período em questão. São obras
feitas para um contexto que não diz respeito à Europa pertencente ao
Norte Cultural. No máximo elas integram a cultura da semi-periferia
onde repousam silentes, mas com muito a dizer. Isto porque mesmo os
autores que possam ter surgido e se relacionado com o cânone, foram
desviados para outras trajetórias e construíram outras epistemologias.
Destes volumes, 3 foram dedicados exclusivamente à música
instrumental. Primeiro porque a ideia não é exclusiva do pensamento
anglo-franco-saxão. Segundo porque nestes moldes que aqui se suscitam
essa música obedece a outra tradição de representação e interpretação.
O volume 1 reúne a obra de dois músicos que privaram de mútua
amizade e admiração em suas vidas. Ambos se encontraram longe da
terra natal, para se fazerem artistas, cuja obra e abrangência apenas
se começa a ter noção. Pedro Lopes Nogueira (1686-d.1770) veio de
Tavira a Lisboa, tornando-se de sapateiro em violinista, para registrar
o que pode ser considerado o corpus musical com fins pedagógicos
mais vultoso de todo o século XVIII. Fruto de sua prática em Lisboa
e Coimbra, a Casta de Lições, de onde extraímos as 13 sonatas que
aqui se editam pela primeira vez, compõe-se de material diversificado
para o ensino técnico e expressivo que deve remeter a uma tradição
anterior. A resposta pode estar no levantamento biográfico pertinente
a Pietro Giorgio Avondano (1692-1750/52) que foi mais conhecido
como Pedro Jorge Avondano. Vindo de Novi [Ligure] para Lisboa, em
meio a uma leva migratória de várias famílias dessa cidade, fez-se um
expoente no seu ofício de música com enorme prestígio que alcançou
sua descendência e os relativos da família. O depoimento de uma
fonte respeitável como Nicolau Mongiardino, vizinho de longos anos
de Avondano, atribui o grau de excelência deste ao seu professor de
nome Geminiani. A presença de um músico do círculo de Corelli em
Lisboa explicaria também o grau elevado, não só de Avondano, mas de
Nogueira, no trato do instrumento e da própria matéria musical em si.
Para se juntar às 13 sonatas de Nogueira, foram selecionados
os três trios que levam o nome de Avondano, que integram o espólio
musical da Biblioteca Pública de Dresden. Acostumados a copiar música
de câmara e orquestral, sobretudo para cordas, em grande quantidade
e seleta qualidade, os copistas do agrupamento orquestral oficial local
que teve um dos pontos altos sob Augusto, o Forte, reuniram obras de
diversas proveniências. As sonatas de Avondano ali depositadas não
especificam o prenome, mas a datação da cópia permite afirmar se
tratarem de Pedro Jorge.
Assim como as de Nogueira, feitas para violino e baixo, as três
sonatas de Avondano, para dois violinos e baixo, demonstram a mão
habilidosa dos intérpretes criadores, tanto no manuseio da técnica,
quanto na elaboração de aspectos semânticos, envolvendo temas, topos
e estilos com muita propriedade, combinando-os de modo a oferecer
aspectos singulares.
O segundo volume abre uma sequência destinada aos concertos
para solista e orquestra. Como as obras do volume 1, podem ter se
destinado aos momentos de sociabilidade nos espaços cortesãos,
religiosos ou burgueses. O concerto para flauta de David Perez (1711-
1778) parece ter sido escrito à volta dos anos em que se mudou para
Portugal, onde certamente não lhe faltariam intérpretes. Este concerto
é provavelmente uma segunda tentativa do autor em abordar a escrita
da flauta solista, se comparado com outro exemplar que lhe é atribuído
e hoje está em Bruxelas. Violinista, cravista e cantor, Perez só pode
ter se interessado em escrever para flauta diante da presença de
intérpretes que lhe impusessem a demanda. Embora nenhum nome
em especial pareça ter cruzado seu caminho durante a etapa italiana
de sua carreira, ele deve ter encontrado em Portugal os membros
das famílias Rodil, Plá e Heredia, que contavam com habilidosos
flautistas. Junto ao concerto de Perez está um concerto de violino,
feito décadas mais tarde por José Palomino (1753-1810). Nascido na
Espanha e muito cedo imigrado para Portugal onde desenvolveu quase
toda a sua carreira de instrumentista e compositor, Palomino combina
grande precisão técnica, com refinamento melódico, vigor rítmico e
orquestração eficaz, para cordas sem viola e duas trompas. Melhor que
muitos dos concertos de violino de contemporâneos mais notáveis, este
pode ter sido um dentre outros possíveis concertos que ele escreveu
para o instrumento, uma vez que a cópia de que nos servimos aqui
vai datada de 1804 e há notícias de concertos seus em 1778 e em datas
próximas embora não precisas. O volume se conclui com um raro
concerto ibérico para violoncelo. O manuscrito traz o nome de Antonio
Policarppi, que se desconhece por completo quem tenha sido, a menos
que se esteja falando do proprietário das partes e que tenha havido aí
uma confusão qualquer com o nome; o tenor Policarpo José Antonio da
Silva (1745-1803), que integrou os serviços da Corte portuguesa, atuou
como compositor e instrumentista de tecla, mas ainda gerenciando
grupos para atividades religiosas ou a serviço de nobres e burgueses
em suas residências, o que envolvia seguramente contratar músicos e
recolher repertório para tais finalidades. O concerto em questão pode
ser da lavra de algum dos virtuoses da Orquestra da Real Câmara e
sua textura mais camerística se adaptaria bem aos diferentes espaços
que tais profissionais percorriam.
O terceiro volume da série traz a obra integral para tecla de
João Cordeiro da Silva (c.1735-1808) e uma parte significativa da obra
instrumental de José Palomino. A obra de vulto é o concerto ou quinteto
para cravo ou pianoforte, dois violinos, viola e baixo. Mais madura que
o precedente concerto de violino, a obra funciona bem com o cravo
ou o piano, com reforço do basso ou tendo violoncelo solo, provando
que Palomino era de fato um especialista do ofício. A qualidade da
escrita mostra um compositor muito à frente dos demais colegas de
ofício num raio de muitos quilômetros dele e, se postos ao lado dos
quintetos produzidos no mesmo ano de 1785, que foram para fora de
Portugal, ele se projeta ao elevado nível do que de melhor foi feito ao
fim do século XVIII e não apenas no panorama ibérico. Neste sentido, o
volume traz ainda o surpreendente duo de pianoforte e violino, digno
do repertório das melhores sonatas da época.
O quarto volume da etapa inaugural da série é o único dedicado
à música vocal. Trata-se da primeira edição da ópera Ezio, de Niccolo
Jommelli (1714-1774), um dos seus trabalhos mais importantes. Esta foi
a quarta vez que o napolitano escreveu música para o mesmo libreto
de Pietro Metastasio (1698-1782). Não o fez por vontade própria, tendo
até se queixado de o ter que fazer, mas o fez porque foi escolha de D.
José, que o mantinha sob contrato e queria que a obra se destinasse
a uma data importante como o aniversário da rainha. Jommelli, já
vitimado por acidente vascular, atrasou-se na elaboração e a estreia
da ópera foi para o aniversário do descobrimento do Brasil, tendo
subsequentes reprises. O compositor repetiu algumas árias de versões
precedentes, mas inseriu texto e música novos, dos quais se destacam
o tratamento contrapontístico mais rico que no comum das obras
do tempo e as complexas cenas de ensemble. Nessa mesma época o
libreto de Metastasio ganhou nova tradução em português, destinada
ao gosto das plateias lusófonas, com personagens graciosos inseridos.
Tal versão parece ter percorrido o Brasil de Norte a Sul naquele fim
de século XVIII, sem que se saiba se contou com a música de Jommelli,
sendo apenas presumível que esta tenha servido ao modelo de pastiche
e contrafacta que caracterizava os espetáculos líricos do tempo em
contexto mais popular.
Todos os volumes contam com estudos críticos, históricos e
analíticos sobre as obras em questão e com abordagens biográficas
para construir um contexto que permita entender a criação artística.
Os organizadores gostariam de agradecer indistintamente
a todos os arquivos e bibliotecas que custodiam os originais destas
obras, em muitos casos por disponibilizar o material gratuitamente em
plataformas digitais ou em outros casos por poder atender às requisições
de cópia em tempo hábil. Agradece-se ainda ao Arquivo Histórico da
Irmandade Santa Cecília e Montepio Filarmônico pela disponibilidade
de consulta e cessão de imagens, assim como à investigadora científica
Dra. Ana Paula Tudela, pelas informações e diligências que gentilmente
prestou em relação aos conteúdos daquele acervo e das conexões
possibilitadas com outros fundos. Os agradecimentos são extensivos
a todos os alunos, colegas e colaboradores externos que no âmbito
do Laboratório de Musicologia e Histórica Cultural, assim como da
Orquestra Barroca do Amazonas, participaram da experiência de
restauro deste material musical. Se agradece nomeadamente aqui
àqueles que atuaram na transcrição junto aos organizadores, como é
o caso de André Ferreira da Silva, Francisco Jayme Cordeiro da Costa,
Guilherme Aleixo da Silva Monteiro, Maira Dessana Ferreira da Silva,
e Mario André Vlaxio Lopes.
A obra é dedicada aos que, como nós, sentem que sua história
não é irrelevante e é tão importante quanto qualquer outra para ser
contada. Esta é a história de muitos, que independente de sua origem,
aqui se juntaram para dar significado a uma cultura.
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Música, Sonata, Artes
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