A representação do negro no regime escravocrata brasileiro em texto multimodal

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Data

2019-01-21

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Universidade do Estado do Amazonas

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Este trabalho está situado na Análise Crítica do Discurso com o tema estratégias argumentativas utilizadas na representação do negro no regime escravocrata brasileiro em texto multimodal, objetivando: examinar, na composição multimodal, formas de disseminação da ideologia, instaurada pelo poder, por meio de uma capa da revista História em Foco. Justifica-se a pesquisa, pois na pós-modernidade ocorre privilégio de textos multimodais, que necessitam de estudos críticos, focalizados nas interações discursivas. Este trabalho apresenta resultados parciais de uma pesquisa mais ampla, a respeito dos papéis sociais, em língua, dos escravos e seus senhores a partir da obra Casa-Grande & Senzala. Os fundamentos teóricos orientadores da pesquisa são: 1. Análise Crítica do Discurso com vertente sociocognitiva (van DIJK: 1997); Social (FAIRCLOUGH, 2001 E THOMPSON, 2011) e 2. Análise Crítica do Discurso com vertente sócio-semiótica (KRESS e van LEEUWEN, 2001). O material analisado foi coletado de uma das capas da referida revista, tendo como texto base uma tela do artista Jean-Baptiste Debret, intitulada “O jantar”. Os resultados obtidos, até o momento, indicam que: 1. os negros são representados como “coisas” e nessa condição são inseridos na rota da injustiça e tratados a partir da desigualdade social; 2. As imagens e as cores complementam o verbal na composição multimodal da representação do negro e o seu papel social; 3. a representação do negro na imagem do Debret, intitulada O jantar, é uma relação de exploração e subserviência ficando evidente, por meio da composição do verbal com o visual, o seu papel social naquele período evidencia a desigualdade social.

Palavras-chave

Semiótica, Escravidão, Sociedade

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