As línguas étnicas no Parque das Tribos em Manaus - um estudo etnolinguístico nos espaços culturais indígenas Unka Umbuesara Wakenai Anumarehit e Kokama

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Data

2018-06-14

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Universidade do Estado do Amazonas

Resumo

A linguagem, considerada produção da humanidade e compreendida como prática social possibilita ao indivíduo construir sua própria trajetória, transformando-se, desse modo, em ser histórico e social. No contexto das populações indígenas, essa condição ainda é mais significativa, por se tratar de sujeitos com peculiaridades históricas, culturais e linguísticas, na configuração do povo brasileiro. A língua étnica é um elemento indissociável de suas raízes identitárias. Das mais de 1.500 línguas indígenas faladas em território brasileiro na época da chegada dos portugueses, somente cerca de 200 ainda são faladas e, entre essas, algumas estão ameaçadas de extinção. É sob este enfoque que se desenvolve a presente investigação, a qual tem por objetivo registrar as práticas de ensino linguístico desenvolvidas nos espaços culturais e seus reflexos nos usos das línguas étnicas na comunidade indígena citadina do Parque das Tribos, em Manaus. Este é um contexto interétnico, em que convivem cerca de 478 famílias, a maioria indígenas pertencentes a 24 etnias distintas. Trata-se de um estudo etnolinguístico que se apoia também nos pressupostos teóricos da Sociolinguística. Caracteriza-se como uma pesquisa de natureza descritiva e exploratória, realizada através de pesquisa bibliográfica, pesquisa de campo, por meio da observação participante, com utilização do diário de campo, aplicação de formulários e entrevistas. Os resultados obtidos apontam que o ensino e as práticas sociais de uso de línguas étnicas nos Espaços Culturais do Parque das Tribos representa um diacrítico ascendente que ocorre entrelaçado aos saberes culturais dos diferentes povos que convivem nessa localidade. Seus partícipes, crianças, adolescentes, jovens e adultos, adquirem os conhecimentos étnicos, por meio de um compartilhamento múltiplo de saberes tradicionais e de novos saberes. Esse ambiente de convivência proporciona uma extensão do repertório linguístico e identitário de seus membros, fortalece os usos das línguas indígenas e das práticas culturais multiétnicas no cotidiano dessa grande comunidade indígena urbana do Amazonas.

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Palavras-chave

Educação Indígena, Línguas e Culturas Indígenas, Espaços Culturais, População Indígena

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