Empreendimentos turísticos em formação: um estudo de caso nos flutuantes no Tarumã-Açu em Manaus - Amazonas

Abstract

A bacia hidrográfica do Tarumã Açu, localizada dentro da área urbana de Manaus-AM, conta com diversos empreendimentos flutuantes como bares, restaurantes e pousadas. Com grande potencial para diversos segmentos do turismo, o Tarumã Açu recebe um número crescente de visitantes que buscam o contato com a natureza e com a cultura amazônica, gerando empregos e dinamizando a economia local. Contudo, esta área potencialmente turística, vem crescendo sem planejamento adequado e sofrendo fortes pressões e intervenções antrópicas como a expansão urbana desordenada, ocupação das matas ciliares e, por conseguinte o possível comprometimento de toda sua biodiversidade. Com este enfoque, esta pesquisa objetiva identificar os impactos gerados pela oferta de serviços dos empreendimentos flutuantes na Bacia Hidrográfica do Tarumã Açu. O referencial teórico se fundamenta em Boullón (2002) com o conceito de Espaço de Domínio Turístico, com contribuições de Batista (2013) com a abordagem da transferência do ônus socioambiental no contexto da evolução do urbano em Manaus; e Veyret (2008) com o conceito de risco, como uma construção social, provocadas pela atividade humana. Trata-se de um estudo de caso, de abordagem socioambiental, com trabalho de campo realizado entre setembro de 2018 a junho de 2019, com observação estruturada e aplicação de questionários para amostra de 10 empreendimentos flutuantes, no universo de 30 levantados na poligonal delimitada como ÁREA A, na bacia hidrográfica do Tarumã Açu, com acesso via Marina do Davi. Como resultado, se apresenta a importância da consciência ambiental do empresariado local, ao adotar práticas sustentáveis na realização de suas atividades, como as estações de tratamento de efluentes (ETE), o projeto Remada Ambiental e a articulação comunitária. Mobilização necessária, para manter controle dos impactos devido o crescimento acelerado de flutuantes nos últimos anos. Conclui-se com a recomendação de que, junto aos empreendimentos instalados, as instituições responsáveis pela gestão e fiscalização da atividade turística, promovam o ordenamento da área com potencial latente para o segmento do turismo de natureza.