Avaliação da aprendizagem sob distintas perspectivas epistemológicas elementos racionais e subjetivos no processo
Arquivos
Data
2014-07-11
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
Universidade do Estado do Amazonas
Resumo
Concebendo avaliação da aprendizagem como uma atividade complexa para a qual são necessárias muitas variáveis de difícil unificação, nesta pesquisa objetivamos analisá-la na ótica de distintas perspectivas epistemológicas. Para o desenvolvimento desta análise consideramos hipotéticos professores com distintos traços epistemológicos, popperianos (POPPER, 2000), kuhnianos (KUHN, 2009) e bachelardianos (BACHELARD, 1996), e os associamos aos conceitos de tempo de Jonnaert (1996). São também utilizadas as noções de livre associação e de mecanismos de defesa da psicanálise freudiana (FREUD, 1987; FADIMAN, FRAGER, 1979) e os três mundos de Eccles e Popper (1995) para sustentar os apontamentos da análise. Os resultados indicam que no tempo curto é possível avaliar a incorporação de certos mecanismos de reprodução, mas é no tempo longo que aprendizagem considerada plausível pelo indivíduo pode ser avaliada. Ao final, há sugestões de atividades para identificação de mudanças cognitivo-afetivas que podem ser úteis na avaliação. Palavras chave: Perspectivas Epistemológicas. Aprendizagem. Avaliação no Tempo Longo. Avaliação no Tempo Curto. Mecanismos de defesa psicanalíticos.
Descrição
Palavras-chave
Perspectivas Epistemológicas, Aprendizagem, Avaliação, Tempo Longo, Tempo Curto, Mecanismos de Defesa
Citação
ARRUDA, S. M. Entre a inércia e a busca: reflexões sobre a formação em serviço de professores de física do ensino médio. 2001. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2001.
ASSIS, J. de P. Kuhn e as Ciências Sociais. Estudos Avançados, v.7, n.19, p. 133-164, 1993.
BACHELARD, G. A Formação do Espírito Científico. Rio de Janeiro: Contraponto, 1996.
BACHELARD, G. A poética do espaço. São Paulo: abril cultural, 1978a.
BACHELARD, G. O Novo Espírito Científico. São Paulo: Abril Cultural, 1978b.
BACHELARD, G. A Filosofia do Não: Filosofia do Novo Espírito Científico. São Paulo: Abril Cultural, 1978c.
BACHELARD, G. Epistemologia. Trechos escolhidos por Dominique Lecourt. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.
BACHELARD, G. Fragmentos de uma poética do fogo. São Paulo: Editora Brasiliense, 1990.
BAROLLI, E. Reflexões sobre o trabalho dos estudantes no laboratório didático. 1998. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 1998.
BARROS, M. A. Análise de experiências didáticas com grupos de aprendizagem em Física. 2002. Tese (Doutorado em Educação). Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2002.
Revista Amazônica de Ensino de Ciências | ISSN: 1984-7505
ARTIGO
30
Rev. ARETÉ | Manaus | v.7 | n.14 | p.16-30 | jul-dez | 2014
CUSTÓDIO, J. F.; PIETROCOLA, M. Princípios nas ciências empíricas e o seu tratamento em livros didáticos. Ciência & Educação, v. 10, n.3, p. 383-399, 2004.
ECCLES, J.; POPPER, K. R. O Eu e Seu Cérebro. 2.ed. São Paulo: Papirus, 1995. 514p.
FADIMAN, J.; FRAGER, R. Sigmund Freud e a Psicanálise. In: Teorias da Personalidade. São Paulo: Harper & How do Brasil, 1979. p. 2-40.
FREUD, Sigmund. A Interpretação dos Sonhos. v.1. Rio de Janeiro: Imago, 1987a. 322p.
FREUD, S. Sobre a psicopatologia cotidiana. Rio de Janeiro: Imago, 1987b. 267p.
GIL PÉREZ, D. et al. Puede hablarse de consenso constructivista en la educación científica? Enseñanza de las Ciencias, v.17, n.3, p. 503-512, 1999.
JONNAERT, P. Dévolution versus contre-dévolution! Un Tandem Incontournable pour le contrat didactique. In: RAISKY, C.; CAILLOT, M. (Éds). Au-delà des didactiques: débats autour de concepts fédérateur. Belgium: De Boeck & Larcier S.A., 1996. 278p.
KUHN, T. S. O que são Revoluções Científicas? In: O Caminho desde a Estrutura. São Paulo: Editora UNESP, 2006a, p. 23-45.
KUHN, T. S. Racionalidade e escolha de teorias. In: O Caminho desde a Estrutura. São Paulo: Editora UNESP, 2006b, p. 255-264.
KHUN, T. S. A Estrutura das Revoluções Científicas. São Paulo: Perspectiva, 2009. 260p.
MORTIMER, E. F. Linguagem e formação de conceitos no ensino de ciências. Belo Horizonte: UFMG, 2000.
OSTERMANN, F. A Epistemologia de Kuhn. Cad. Cat. Ens. Fís., v.13, n.3, p. 184-196, dez. 1996.
PINTO, A. C.; ZANETIC, J. É possível levar a Física Quântica para o Ensino Médio. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v.16, n.1, p. 7-34, 1999.
POPPER, K. R. A lógica da pesquisa científica. 6. ed. São Paulo: Cultrix, 2000. 568 p.
POPPER, K. R.. O Mito do Contexto: em defesa da ciência e da racionalidade. Lisboa, Portugal: Edições 70, 1999. 252p.
POPPER, K. R.. Conjecturas e Refutações. Brasília: UNB, 1972. 452 p.
RUFATTO, C. A.; CARNEIRO, M. C. A Concepção de Ciência de Popper e o Ensino de Ciências. Ciência & Educação, v. 15, n. 2, p. 269-289, 2009.
SANTOS, M. E. V. M. Mudança Conceptual em Sala de Aula. Lisboa: Livros Horizonte, 1991. 261p.
SILVEIRA, F. L. da. A Filosofia da Ciência de Karl Popper: o Racionalismo Crítico. Caderno Catarinense de Ensino de Física, v.13, n.3, p. 197-218, 1996.
ZYLBERSZTAJN, A. Revoluções Científicas e Ciência Normal em Sala de Aula. In: MOREIRA, M. A.; AXT, R. Tópicos em Ensino de Ciência. Porto Alegre: Sagra, 1991.
Avaliação
Revisão
Suplementado Por
Referenciado Por
Licença Creative Commons
Exceto quando indicado de outra forma, a licença deste item é descrita como Acesso Aberto