Riqueza, abundância e diversidade de epífitas na arborização urbana da Avenida da Amizade na cidade de Tabatinga-AM

Abstract

O trabalho de conclusão de curso intitulado riqueza, abundância e diversidade de epífitas na arborização urbana da avenida da amizade na cidade de Tabatinga-AM, foi realizado no período de 2019/I até 2020/II, com a pausa de 15 meses devido ao recesso obrigatório pela pandemia do Covid-19. O objetivo geral da pesquisa foi comparar a riqueza, abundância, diversidade e a distribuição vertical de epífitas encontradas na arborização da avenida da amizade cidade de Tabatinga, Brasil. Os objetivos específicos foram descrever a riqueza, abundância, e diversidade de epífitas encontradas na arborização da avenida da amizade cidade de Tabatinga, Brasil. Descrever a distribuição vertical e a sucessão de epífitas encontradas na arborização da avenida da amizade cidade de Tabatinga, Brasil e avaliar se a diversidade e distribuição vertical de epífitas influenciam o desenvolvimento da arborização das árvores na avenida da amizade da cidade de Tabatinga. Existe o questionamento de se as epífitas são prejudiciais para a arborização urbana, portanto este estudo contribui para defender a proposta de que as epífitas ajudam a manutenção da arborização ao não ser parasitas ativas das árvores, ajudar na coleta de água e nutrientes para a planta forófito ou hospedeira e aumentando a beleza das árvores ao mostrar vários tipos de plantas ornamentais como samambaias, orquídeas e bromélias. O trabalho de pesquisa foi realizado na avenida da amizade do município de Tabatinga, que é a principal avenida da cidade. A área de estudo é um transeto de 3km, no canteiro central da avenida da Amizade, caracterizado pela presença de Ficus benjamina L. O levantamento foi realizado com base no protocolo 14 para ervas e epífitas proposto por Santos et al. (2019), seguindo Mari (2014) foi aplicada a metodologia de levantamento florístico e distribuição vertical de epífitas vasculares. Para o levantamento florístico, foram amostradas e analisadas ao longo do transeto 34 árvores (forófitos principais) de uma mesma espécie (Ficus benjamina L.) única espécie que constitui o canteiro central da avenida. Os resultados com relação a riqueza das espécies foram que o número médio de espécies no total de epífitas registrado foi de 3,9 morfoespécies, com um desvio padrão de 1,2 oscilando entre 1 e 6 morfoespécies por árvore ocupando o espaço gerado pelos caules nas árvores. Estas morfoespécies são compostas por orquídeas, bromélias, samambaias, liquens e musgos. Os tipos funcionais ou guildas encontrados na pesquisa das árvores foram, orquídea, bromélia, samambaia, líquen e musgo em 1 árvore; orquídea, samambaia, líquen e musgo em 11 árvores; samambaia, musgo e líquen em 10 árvores e só com samambaia 2 árvores. O valor máximo de abundância relativa das espécies foi de 59 indivíduos distribuídos entre as 5 morfoespécies, foi calculado o índice de diversidade biológica de Simpson para as 34 árvores amostradas na Avenida da Amizade, o valor médio de diversidade foi de 0,437. O presente trabalho objetivou realizar um diagnóstico qualitativo da arborização urbana da avenida da Amizade. Para a pergunta se as árvores são raquíticas inaptas para a arborização porque não tem epífitas, ou são adensadas e desenvolvidas porque tem uma comunidade de epífitas que ajudam a seu desenvolvimento e, portanto, adequadas para a arborização, a resposta é que no entendimento desta pesquisa as árvores ou forófitos, são desenvolvidos pela presença das epífitas que oferecem ajuda no crescimento. Isto além de ajudar na fitossanidade das árvores, confere a estas, caraterísticas de embelezamento importantes, na medida que estas árvores estão tendendo a constituir uma fisionomia típica de uma floresta tropical natural, cuja imagem é símbolo da Amazônia e das comunidades ecológicas que a sustentam.